Um Crime Perfeito / A Perfect Murder


Nota: ★★☆☆

Anotação em 1999: OK. Não é proibido refilmar. Talvez infelizmente, não há lei contra isso – nem mesmo quando se refilma uma peça que foi recriada para o cinema por mestre Hitchcock, com Grace Kelly e Ray Milland nos principais papéis.

E esta não é propriamente uma refilmagem. É uma adaptação bem solta da peça que deu origem ao clássico de Hitchcock, Disque M para Matar, com toda uma nova ambientação para o final dos anos 1990 na Nova York capital do mundo e dos capitais voláteis. Michael Douglas está uma-cara-só, a garota Gwyneth Paltrow não compromete. A sacada de o inspetor mais esperto que vai ao apartamento depois do crime falar em iidish, e ser compreendido pela heroína, é esperta.

No clássico de Hitch, há a espetacular, antológica, perfeita, mil vezes citada (inclusive, se não me engano, em Um Homem e Uma Mulher 20 Anos Depois) cena do assassino contratado cair de costas sobre a tesoura alcançada por Grace Kelly – e só. Aqui (estamos no final dos anos 90, babe), jorra sangue na cara da Paltrow quando ela enfia o toco temperador de peru bem na carótida do assassino contratado; temos um segundo assassinato e ainda um terceiro. Coisas do cinemão padrão de Hollywood dos anos 90, em que tudo tem que ser exagerado demais.

Detalhe: o DVD mostra final alternativo, com ou sem – à vontade do freguês – explicações do diretor Andrew Davis, o mesmo de O Fugitivo. É bem parecido com o escolhido, o oficial, mas tem nuances de diferenças. Foi a primeira vez que vi isso, nestes tempos iniciais de DVD.

Um Crime Perfeito/A Perfect Murder

De Andrew Davis, EUA, 1998.

Com Michael Douglas, Gwyneth Paltrow, Viggo Mortensen

Roteiro Patrick Smith Kelly

Baseado na peça de Frederick Knott, que deu origem a Disque M Para Matar, de Hitchcock, em 1954.

Produção Warner

Cor, 108 min.

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